Adsense

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Excel 2007 - Super Cases - Preço de Venda - Parte 1





Já faz algum tempo que eu gostaria de ter desenvolvido este Super Case relacionado a Preço de Venda e Rentabilidade. Este tema é muito interessante e se você ainda não havia tomado um pouco da sua atenção para este tema, saiba que além dele afetar diretamente o seu bolso, saber o básico sobre isto é de estrema importância para se colocar no mercado de trabalho administrativo e por que não dizer fazer uma reciclagem caso você já esteja empregado e queira alçar novos ares.

Na primeira parte vamos falar exclusivamente sobre Preços de Vendas, tema este que já abordei numa pequena apostila em formato Ebook para quem quiser se aprofundar no tema, basta baixar o ebook no link a seguir. Tem um valor simbólico para cobrir custos de produção.

Formação de Preços - Ebook

Agora vamos analisar passo a passo cada uma das linhas da tabela a seguir. Alguns cálculos requerem conhecimentos de porcentagem, portanto se você tem dificuldade com porcentagem, recomendo primeiramente recorrer aos cursos relacionados na Internet ou a um professor de matemática.

De qualquer forma vou tentar ser o mais didático possível... vamos lá...

Figura - 01

Conforme consta na tabela, temos 4 produtos que estão sendo vendidos aos consumidores, cada qual com preços diferentes conforme aparece na linha 6 da tabela. O preço ao consumidor varia de R$ 10,00 (Produto A) a R$ 90,00 (Produto D).

Quem vende ao Consumidor normalmente é um Comerciante, seja ele pequeno ou grande, sendo assim vamos chamá-lo genericamente de Comerciante para facilitar o entendimento.

Na linha 8 você tem o que chamamos tecnicamente de Mark-up ou remarcação do preço. Este índice é aplicado ao preço pago pelo comerciante ao fornecedor para que ele obtenha sua margem de lucro e assim possa pagar seus custos de operação. É óbvio que qualquer empresário tenha como objetivo básico gerar receita com lucro, caso contrário seria melhor ser um empregado ou fazer trabalho comunitário,rs. Sendo assim, para que o comerciante possa arcar com seus gastos e ainda obter lucro ele costuma remarcar o preço pago ao seu fornecedor por um percentual chamado de Mark-up e vender aos consumidores por um preço obviamente superior ao que pagou pelos produtos.

O Mark-up quando atinge 100% significa que o preço pago pelo comerciante ao fornecedor será dobrado ao vender ao consumidor. Em outras palavras, neste exemplo o consumidor pagará o dobro do preço que o comerciante pagou pelo produto. Quando você quer que um valor seja dobrado você o multiplica por dois e esta operação está representada da seguinte forma nesta planilha:
Preço ao Consumidor é igual a Preço ao Comerciante * (1+Markup)

Produto A:  =C10*(1+C8)

Onde C8 é igual ao percentual do Markup (100%) e C10 é igual ao Preço que o comerciante pagou ao seu fornecedor pelo produto

Note que somei 1+C8.  Se numa célula do Excel "não formatada" você digitar o número 1 e depois formatar a célula para percentual o número aparecerá como 100%. Isto significa que 100% é igual a 1 na forma decimal, da mesma forma que 0,5 é igual a 50%. Espero estar sendo claro e didático até aqui.

Se 100% é igual a 1, ao somar mais 1 teremos um total de 2, certo? Foi este o objetivo da fórmula na parte entre parênteses. Depois ao multiplicar o preço que o comerciante pagou ao fornecedor por este resultado teremos o dobro do preço original. Chegamos assim ao preço ao Consumidor. Fácil, não é? Se você fez cara de conteúdo, e pensou consigo mesmo, ãh? num intendi, favor recapitular até entender. Não é possível prosseguir este exercício se não dominar este tema.

Note que os produtos C e D tem Markup de 80%, ou seja a fórmula multiplicará o preço original pago pelo comerciante ao seu fornecedor por 1,8. Um pouco menos do que 2.

Alguns produtos por questões de demanda e de concorrência no mercado impedem que o comerciante dobre o preço pago ao fornecedor. Tem situações que o Markup não pode passar de 20%. Mesmo assim o comerciante mantém o produto na prateleira para manter uma grade completa de opções ao consumidor. Um produto atrai o consumidor para consumir outro e assim o comerciante em média fica satisfeito com sua rentabilidade, mesmo que eprca um pouco em outros produtos. Há casos em que o comerciante vende alguns produtos até abaixo do preço pago ao fornecedor para atrair os consumidores para sua loja e estando lá eles compram outros produtos com boa rentabilidade. São as leis de sobrevivência no mercado, rs.

No produto A, o comerciante pagou R$ 5,00 e está vendendo ao consumidor por R$ 10,00, o dobro(100% de Markup), já pelo produto D ele pagou R$ 50,00, mas só pode vender por no máximo R$ 90,00 (80% de Markup), menos do que o dobro pago pelo produto.

Para se obter o valor total da Nota Fiscal constante na linha 12 temos um total das quantidades vendidas pelo Fornecedor ao Comerciante na linha 22. Basta multiplicar o total das quantidades pelo preço unitário ao Comerciante que se chega ao valor da Nota Fiscal. Portanto entenda como valor da Nota Fiscal o valor total da compra feita pelo comerciante ao fornecedor conforme as quantidades adquiridas.

Este valor da Nota Fiscal tem embutido uma certa carga de impostos que procurei desmembrar em quatro tributos.
Cada imposto tem um percentual de incidência sobre o preço pago pelo comerciante ao fornecedor.
Listei os mais conhecidos e que normalmente são determinantes para a formação do preço que o fornecedor estabelece ao seu cliente, o comerciante.

No produto A o total percentual dos impostos somados chega a 21,25% enquanto o produto D chega a 41,25%. Os percentuais adotados aqui são meramente simbólicos, embora sejam bastante realistas quando comparados com os tributos cobrados das empresas no Brasil.

Todos sabemos que a alta carga tributária encarece muito os preços aos consumidores que devido a este peso nos preços dos produtos, diminui o seu poder de compra ou de consumo. O aumento do preço retrai o consumo e por sua vez faz com que a médio prazo o preço do produto caia no ponto de venda para que não fique estacionado na prateleira.

Isto explica em parte a redução do Markup do comerciante no produto D que tem a maior carga tributária dos quatro produtos aqui considerados. Enquanto o nível do Markup do comerciante for sustentável ele mantém o produto no mercado, porém às vezes é necessário retirar o produto da prateleira por conta de impostos abusivos.

Para concluir esta etapa vamos analisar rapidamente o Preço Líquido dos Produtos sem Impostos que está na linha 20. Este preço foi obtido a partir do Preço ao Comerciante na linha 10 menos o percentual de impostos pagos.

Vamos a fórmula para o produto A: =C10*(1-C14)

Onde C10 é igual ao Preço ao Comerciante multiplicado por 1 menos C14 que são os impostos.

A parte da fórmula dentro dos parênteses pode ser explicada assim:

Multiplicar algo por 1 se obtém o mesmo resultado, porém multiplicar algo por 1 menos alguma coisa, no caso aqui menos os impostos se obtém o valor original menos a incidência de impostos.

(1-C14) = 0,7875, logo C10 que é 5,00*0,7875 = 3,94

Espero que tenha ficado claro agora. Caso não tenha entendido, favor revisar esta passagem até ficar bem claro.

Finalmente na linha 24 temos o total da Receita Líquida do Fornecedor que é a simples multiplicação das quantidades vendidas ao comerciante por este preço unitário sem impostos.

Note que apesar do produto D ter a menor quantidade vendida dos quatro produtos analsiados, este oferece uma das maiores receitas, uma vez que seu preço unitário é o maior. Parece óbvio, mas vale comentar que produtos de alto valor agregado costumam ter um retorno absoluto maior mesmo que venda apenas algumas peças.

Na próxima etapa vamos propor algumas mudanças nos valores aqui discutidos para ver o seu impacto nos resultados. Fique ligado...

Parte 2

Nenhum comentário: