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terça-feira, 11 de maio de 2010

Excel 2007 - Super Case - Cenario Economico - Parte 1






Olá amiguinhos!

Estamos de volta com mais um Super Case!

Desta vez vamos falar de economia, éécaaaa! Mas todo mundo merece atenção e o Tio Ilmo não poderia deixar de fora este povo que tenta adivinhar o futuro como se fossem videntes, rs.

A idéia aqui não é dar uma aula de economia, mesmo por que este não é o meu forte, mas pelo menos usar um pequeno cenário econômico como base para treinarmos alguns recursos de porcentagem e também para entender um pouco a razão que leva nossos economistas a não tomarem decisões precipitadas sem antes analisar o contexto geral e os impactos nos vários indicadores econômicos.

Eu fiz este Super Case por que esta semana está em debate no Brasil a autonomia do Banco Central em relação ao governo para tomar as decisões de baixar ou aumentar a taxa de juros. A idéia é medir o imapcto desta mudanção em outros indicadores.

Pra começar, vamos analisar a tabela da figura abaixo:

Figura - 01 - Taxa de Juros Real

Na figura acima vemos uma relação entre a Taxa de Juros Nominal e a Taxa de Juros Real da ordem de 10 vezes maior para esta última.

A Taxa de Juros Nominal é a taxa que o Banco Central controla visando manter o nível de inflação num patamar aceitável. Esta taxa não é usada no dia a dia das pessoas quando vão comprar seus bens, apenas é um balisador para a Taxa de Juros Real, sendo que esta sim afetará o bolso do consumidor quando ele quiser comprar um bem financiado em "suaves" e "infinitas" prestações.

Usei a relação de dez vezes maior, apenas como exemplo. Esta relação pode ser maior ou menor dependendo do tipo de bem comprado e da origem deste financiamento. Ao comprar um carro ou uma casa a taxa de juros real costuma ser bem menor do que bens de menor valor. Ao fazer empréstimos bancários ou pagar parcialmente a fatura de seu cartão de crédito implicará em taxas de juros reais muito maiores do que dez vezes a taxa de juros nominal.

Vamos ao próximo passo...

Figura - 02 - Inflação

Como já disse anteriormente a taxa de inflação está diretamente relacionada com a taxa de Juros real. Quanto menor a taxa de juros real, maior o consumo. Se o consumo for maior do que a capacidade produtiva os preços sobem afetando a inflação. Apenas como referência assumimos de forma simplista que a inflação anual é 5% da Taxa de Juros real.

Vamos em frente...
Figura - 03 - Taxa de Câmbio

A Taxa de Câmbio num sistema flutuante como o brasileiro oscila conforme a disponibilidade de reservas cambiais e o seu movimento de compra e venda como ocorre num mercado comum de produtos de consumo. A transferência de moeda estrangeira para o exterior reduzem as reservas locais elevando a taxa. Por outro lado a aplicação de moeda estrangeira em papéis nacionais aumentam as reservas derrubando a taxa. O interesse destas aplicações por investidores estrangeiros ocorrem pelo auto retorno que a taxa de juros oferece. O produto neste mercado é a moeda que no caso vamos convencionar que seja o dólar. Quanto maior a saída de dólar, a tendência é que ele suba seu valor pela escassez que ocorre. O contrário tem efeito inverso reduzindo o seu valor. Algumas vezes o Governo intervém vendendo parte de suas reservas visando desvalorizar a moeda local com o intuito de aumentar as exportações. Isto só é possível quando se têm uma boa reserva cambial. O Brasil vive um bom momento econômico, por ter uma boa reserva cambial oriunda de exportações e aplicações de investidores estrangeiros, o que lhe permite controlar a variação cambial.

Para simplificar o cálculo, já que o dólar tem um comportamento semelhante ao mercado de um produto de consumo atribuimos sua variação a uma relação direta com a inflação. Fixamos sua variação em 85% da variação da Inflação. Já que a Inflação está diretamente relacionada com a Taxa de Juros o dólar pode ser baseado na Inflação.

Reforço que ieste critério é apenas uma convenção para fins didáticos, pois o dólar pode sofrer variações até por especulações que não têm nada a ver com o mercado regular. No nosso caso queremos tratar de forma mais regular, sem efeitos pontuais para facilitar a didática.

Siga a parte 2 deste Super Case.

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